Redes sociais palco das novas revoltas

Em época de copa do mundo, o Brasil transforma-se numa pátria de chuteiras, todo mundo se une e o patriotismo exacerbado é exteriorizado de várias maneiras: uso de bandeiras, camisas da seleção e pinturas na face em verde e amarelo. Desta vez, a ansiedade era maior em razão de o país ser o anfitrião em vários grandes eventos: Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíada.  A histeria coletiva da torcida foi dando lugar ao temor e a preocupação de não conseguirmos levar adiante esta empreitada. Criou-se um jargão – “Imagina na copa”. A onda de críticas foi crescendo porque sabíamos das nossas limitações – O transporte é um  fracasso total, a educação é cada dia pior, saúde é falida e a segurança pública, a nossa maior vergonha.  A violência e a criminalidade crescem cada vez mais. A justiça é morosa, as leis favorecem a impunidade e a corrupção aflige e impede o progresso da nação. Instigados pelo filme “ Faroeste Caboclo” que mostra fotos do badernaço ao som da banda Legião Urbana que já cantou “Que país este ? ” hino de rebeldia e anarquia de várias gerações e com  o estimulo especial das redes sociais que são os novos palcos das revoltas, a mobilização foi rápida e espalha pelo país. Bastou começar o evento teste das copa das confederações, quando os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, a partir daí começa pipocar manifestações de toda a ordem, quando constatam que qualquer manifestação teria palanque, ou seja, daria IBOPE, começa uma onda de manifestações cada vez mais articuladas e o país acorda. Questões morais e éticas são levantadas, já que não havia uma causa para os movimentos, começam a criar uma pauta de reivindicações que podem renovar a nossa nação e mudá-la para melhor, o problema é que desordeiros e bandidos se infiltram nos movimentos para furtar e depredar o patrimônio público. Chega ser incoerente pedir melhorias no transporte queimando ônibus que servem para milhares de pessoas. Temos que seguir nas manifestações de forma pacífica e ordeira, pois isto que é democracia plena e não podemos esquecer os dizeres da nossa bandeira – “Ordem e progresso”.    Acorda Brasil !!! 

Edilson Ricardo

Protestos e vaias

Não concordo com a vaia para a nossa Presidente Dilma, não que ela não mereça, mas  daquele jeito em plena abertura da Copa das Confederações foi  inapropriado, inoportuno e inadequado.  Eu estava no estádio e me senti constrangido. Considero que no momento que o mundo está voltado com olhar crítico

para o Brasil, demos uma demonstração de imaturidade, falta de educação e incivilidade. Pegou mal ! Creio que os torcedores estavam sob a influência dos protestos que aconteceram no lado de fora, onde manifestantes cobravam  uma posição mais firme  daqueles que entravam no estádio  e eles diziam “que ser patriota não era só vestir uma camisa e torcer para um time de futebol  que era necessário  demonstrar isso de alguma forma”. O público que estava ali de fato não eram eleitores da Dilma, o público dela são de pessoas mais simples e pobres, ou seja, 90% da população brasileira. Quem estava no estádio, eram em sua maioria de servidores públicos que estão indignados por não receberem aumento há muito tempo e que ainda foram considerados por  ela como servidores sangue azul. Estavam ali também,  comerciantes que não aguentam tamanha  quantidade de impostos. Estavam ali, jovens filhos de servidores públicos e comerciantes,” filhinhos de papai” que se rebelam por qualquer coisa e são como rebeldes sem causa. E além de outros que estão menos rico em razão da volta da inflação.  Ficou uma lição para nossa presidenta que está no evangelho de São Lucas “aquele a quem se perdoa pouco, mostra pouco amor.” Se estes investimentos da Copa fossem destinados para os mais pobres, com certeza a gratidão  seria  maior por parte da maioria da população brasileira e não por esses ingratos que estão usufruindo de uma situação e ainda cospem no prato que comem.