domingo, abril 17, 2016

Ânimos acirrados na esplanada

Os ânimos andam acirrados tanto à esquerda quanto à direita. O momento requer uma reflexão com serenidade da atual situação política do país. Conclusão que cheguei que o rito processual está sendo cumprido corretamente, entretanto, em relação a esse processo formal é de que não vislumbro que existem razões substantivas para depor um presidente da república do cargo com um “impecheament”. Não por aquilo que estão acusando a Presidente Dilma Roussef. Se for pelo financiamento de campanha, ou seja, se fosse um julgamento da justiça eleitoral, eu até que não diria nada, mas por isso que eles chamam vulgarmente chamam de pedaladas fiscais. Aí não ! Costumo citar como exemplo, um sindico que tem sua dotação orçamentária baseada na arrecadação do pagamento dos condôminos que do qual ele paga as suas contas ordinárias. Vamos supor que a margem de inadimplentes seja alta como ele vai fazer para poupar os cinco por cento do fundo de reserva que ele obrigado por lei a poupar, pois se ele não consegue nem pagar as contas do dia-a-dia, como que ele ainda vai poupar. Aí ele tem que fazer o milagre da multiplicação com o dinheiro que recebe. Na minha opinião, motivos para derrubar esse governo existem, porém esse motivo em especial não acredito que seja relevante para tal. Se for por outro motivo como o financiamento de campanha. Aí sim, teríamos motivos suficientes e ainda tem os escândalos de corrupção do caso da lava-jato que podem desencadear uma rede de corrupção que chegue ao atual governo. Concordo que a operação lava-jato está revolucionando porque ela esta desmascarando pessoas e instituições do qual considerávamos fidedignas. Realmente, o país precisa passar a limpo e até por uma reforma constitucional profunda. Contudo, se a Dilma cair. Precisaremos rever os nossos conceitos e mudar o nosso sistema político de presidencialismo para parlamentarismo, isso porque nenhum presidente sem o apoio do congresso se manterá no cargo. E esse que é o X da questão. Todos sabem que o tripé da governabilidade passa pelo o apoio dos agentes financeiros, da mídia e enfim do Congresso Nacional. E por causa, da necessidade de apoio dos parlamentares que estourou aquele escândalo do mensalão. E agora estamos vendo a operação lava-jato mostrando que ninguém é santo na política nacional e por causa disso precisamos mudar as regras da campanha eleitoral, pois do jeito que está dá margem para corrupção. Durante as eleições são investidos milhões e quem não tiver um apoio de um empreiteiro, empresário ou fazendeiro dificilmente se elege. As exceções raras são para os movimentos sociais e mesmo há vários casos de aparelhamento político partidário da entidade . Num sistema viciado como esse, dificilmente a representação política democrática será justa. Somente os mais abastados terão essa vantagem. O Brasil precisa passar a limpo essas questões e convocar eleições gerais. E partir daí o país precisa rever velhos conceitos. Deveriam acabar toda forma de propaganda política: Santinho, outdoor, camisetas, bandeiras etc. Campanha em estúdio só se fosse organizada pela justiça eleitoral com tempo igual para todos os candidatos. Sem aquelas armações feitas por marqueteiro profissional. E acabar de vez com a propaganda organizada pelo marketing político. As ruas não ficariam sujas em épocas de eleições. Não teria aquela bagunça de carro de som ou trio elétrico. Seria o fim das carreatas. Da boca de urna feita por cabos eleitorais profissionais. Seria apenas o horário eleitoral no rádio e televisão e mesmo assim organizado pela justiça eleitoral. E ela a justiça deveria fiscalizar com mais rigor a conduta dos políticos. E nesse negócio de político ficar bilionário no seu mandato teria que ser caso de polícia e de cassação. Hoje estamos vivendo uma ruptura antagônica com dois grupos se digladiam nas ruas porque as regras do jogo não foram respeitadas. E estamos numa espécie de terceiro turno das eleições com o Brasil polarizado politicamente. A solução seria definir novas eleições gerais para todos os cargos políticos. Seria eleito uma nova constituinte e definir um novo sistema político , como o parlamentarismo. Criar uma nova legislação eleitoral. Um novo sistema de votação. Acabar com o financiamento privado de campanha. Acabar com o instituto da reeleição, porque a alternância no poder é salutar para democracia e dá mais credibilidade e confiança ao governante. O estado precisa ser respeitado. Estamos numa situação que ninguém tem respeito pelo governo. Estamos vivendo uma crise moral. Deveríamos começar do zero. E aproveitar essa atual situação para amadurecer politicamente, respeitando o colega que pensa diferente e não tornar isso numa guerra civil, porque do jeito que está, a crise vai acabando com uma nação. Precisamos de um pacto nacional para que o país volte a brilhar no cenário internacional. E deixarmos um legado para as futuras gerações de uma nação forte, madura e serena. Que democraticamente conseguiu solucionar os seus problemas internos.

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