quarta-feira, outubro 31, 2018

Uma análise das eleições de 2018

Esta foi uma das eleições mais difíceis e acirradas de todos os tempos. E de uma polarização profunda, de uma retórica extremada que parte do lado de um sentimento conservador, antipetista e contra um estado corrupto que vive uma crise moral e ética, para liderar esta frente a favor da família e dos bons costumes, surge um candidato de ultra direita que foi acusado de ser misógino, racista, homofóbico e facista. E do outro lado, havia grupos de esquerda, movimentos sociais, artistas, intelectuais e com características: populistas e partidária. Além de serem acusados por corrupção e que estiveram no governo nestes últimos 16 anos que culminaram em várias operações policiais e processos que levaram várias prisões dos seus líderes. E é neste clima que o pais ficou dividido e imerso em problemas de questão moral, corrupção e violência. No primeiro turno, os políticos que preferiram uma terceira via ou que ficaram em cima do muro, não conseguiram muito êxito e perderam as eleições, aqueles que tomaram partido pelos extremos foram mais sucedidos do que outros. A renovação em média dos parlamentares é de 30%, mas nesta eleição para Câmara Federal foi de 40% e do Senado foi de incríveis 70 %. Foi uma reação da população, um recado de inconformismo pela atual situação do país. Se bem que essas eleições mostraram a força das redes sociais que elegeram vários desconhecidos, porém o grande desafio desta eleição foi as mensagens falsas denominadas de “fake News”, o que mexeu muito com o eleitorado brasileiro, pois foram milhares de notícias mentirosas que influenciaram no resultado da eleição. Entretanto, foi o voto de protesto ou voto do medo, no qual a pessoa deixa de votar no candidato de sua escolha, para votar em outro em outro com maiores possibilidades de vitória e assim poder evitar que outro candidato do qual ela não tem simpatia ganhe. Esta ansiedade também elevou os índices de abstenção, voto branco e nulo. Nestas eleições, foram de 31 % do eleitorado, algo em torno de 42.466.402 (quarenta e dois milhões, quatrocentos e sessenta e seis mil, quatrocentos e dois) eleitores que poderiam fazer a diferença, mas preferiram se deixar ser submetidos pela vontade da maioria. Esta eleição aconteceu de tudo! Um ex-presidente da República que foi preso por corrupção e que se candidatou à presidência, porém sua candidatura foi cassada e seu vice seguiu em frente, porém no final, perdeu a eleição, houve também o fenômeno da fake News, ainda teve no final da campanha, juízes eleitorais que censuraram debates nas universidades, mas o que surpreendeu foi como nunca na história do país o sistema eleitoral que foi posto à prova como foi desta vez e o questionamento foi de grande parcela da população que viam com desconfiança o processo eleitoral brasileiro atual e ainda tivemos durante a campanha um candidato presidencial que foi esfaqueado, mas no final foi o grande vitorioso e que tem pela frente um grande desafio de unir o povo brasileiro. O que é mais importante agora é o bem comum e que possamos retomar o nosso caminho rumo ao progresso e da prosperidade. Viva a democracia! Viva o povo brasileiro!

Nenhum comentário:

Somos eternos aprendizes, não nascemos prontos, evoluimos conforme o tempo

As pessoas nascem, crescem e morrem. Existe uma evolução e decadência física, desde a juventude até a velhice. Entretanto, há um ...