terça-feira, abril 07, 2020

Lázaro, Maria e Marta

O evangelho João 12,1 -11, narra um período que antecede a Páscoa. Jesus está com os seus discípulos em Bethânia, vilarejo que está nas cercanias de Jerusalém, ele está em visita à uma família que ele tinha muita estima e consideração. Eles eram três irmãos que adoravam receber Jesus como hóspede em sua casa. Marta se esmerava tanto para apresentar uma calorosa recepção ao Senhor, que ela, certo dia, se irritou porque estava entretida com os afazeres domésticos e Maria, sua irmã, estava assentada aos pés de Jesus, atenta ouvindo os ensinamentos do mestre. Sua irritação era tão grande que ela incluiu Jesus na acusação: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? ” E foi além, atrevendo-se a dar ordens ao Mestre: “Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me” e o Senhor retrucou Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada". (Lc 10.38-42). Jesus falava que as coisas de Deus são mais importantes. Marta estava mais preocupada em atender bem a ilustre visita e Maria que se preocupou em ouvir os ensinamentos de Jesus, demonstrou mais devoção e adoração ao Senhor. E em outro momento, foi quando da morte de Lázaro. Maria e Marta, mandaram chamá-lo, pois esperavam que ele o curasse, entretanto, Jesus demorou para chegar e elas tristes consideraram que houve uma indiferença por parte do Senhor. Quando ele chegou, Lázaro já havia sido sepultado há alguns dias e Marta não se contém e movida por grande desespero, desabafa: “Se o Senhor estivesse aqui meu irmão não teria morrido! ” Entretanto, Jesus com firmeza diz: “Se creres, verás a glória de Deus! ”. Então, ele dá o comando: Lázaro, vem para fora! E Lázaro ressurge dos mortos ainda todo coberto de faixas. E Jesus, conclui dizendo: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá (Jo 11.1-45). E agora, Jesus está a seis dias antes de ser crucificado, reunido com os seus amigos de Betânia participando de um jantar. Este é um momento peculiar, pois Jesus está a mesa reunido com uma família do qual tem grande apreço e estima, momento este de comunhão e fraternidade. Instante de tranquilidade que Jesus pode relaxar, pois daqui por diante ele será insultado, humilhado, acusado, condenado e morto injustamente na Páscoa. Durante o jantar, um gesto chama atenção do Senhor, é uma manifestação de amor e de louvor ao Cristo. Maria presta uma homenagem ao ungir e derramar aos pés de Jesus com um precioso perfume e enxuga com seus cabelos. Ela ofereceu a ele a melhor e mais preciosa coisa que ela tinha. O que despertou o comentário critico de Judas, que considerava um absurdo este desperdício, levando em consideração que tem muita gente pobre por aí opinou o discípulo. João Evangelista, o autor desta passagem, em seu versículo disse que Judas não falou isto porque tivesse preocupação com os mais pobres e sim porque ele era mau caráter e ladrão, para se ter uma ideia, ele traiu Jesus por 30 moedas e o perfume custava 300 moedas, então era dez vezes mais o valor que ele recebeu para trair o Cristo. Jesus justificou atitude de Maria ao dizer: “ Deixai-a, ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis”. (Jo 12,1-11). Jesus não quis desmerecer os pobres, pelo contrário, quis mostrar a importância daquele momento que poderia ser um dos últimos em que ele estaria entre eles, antes de sua partida e aquele momento merecia ser reverenciado, glorificado e engrandecido. Este evangelho nos apresenta a ressurreição de Lázaro e que esta passagem, nos inspire para sermos ressuscitados por Jesus para uma vida nova.

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