quinta-feira, abril 04, 2019
O retorno do filho pródigo
Uns dos princípios basilares da religião católica é a redenção e ela fica mais evidenciada na mais celebre parábola contada por Jesus, que é a do filho pródigo (palavra que significa aquele que desperdiça ou é extravagante). Esta estória trata sobre reconciliação, perdão, compaixão, misericórdia, humildade e amor incondicional. E está descrita no evangelho de Lucas 15:11-32 e conta que certa vez, certo homem tinha dois filhos e um deles, o mais novo, que estava deslumbrado em aproveitar os prazeres da vida resolve de forma insolente pedir sua herança e partir mundo afora, entretanto, as coisas não acontecem como planejado, após um tempo, de uma vida mundana, promíscua e perdulária, ele gasta sua fortuna com falsos amigos e meretrizes e o dinheiro acaba. Ele a partir daí passa por necessidades e sem lugar para ficar e é oferecido a ele apenas o chiqueiro para cuidar dos porcos e sem falar que ele não tinha acesso nem a comida oferecida aos animais, ali passou muita fome, situação humilhante que o fez refletir que os empregados do seu pai tinham condições melhores de trabalho e fartura de comida, em razão disso, caiu em si, refletiu que era o momento de voltar e pedir perdão ao seu pai. No caminho de volta, começou a ensaiar o discurso que iria falar a ele: “Pai, pequei contra Deus e diante do senhor, não sou digno de ser chamado de seu filho, perdoa-me pelos meus erros, pois quero mudar de vida, trata-me apenas como um dos seus empregados que estarei satisfeito. ” Entretanto, a misericórdia do pai é infinita, ao ver o filho se rejubila de alegria e o recebe de braços aberto e não o deixa nem falar o que iria dizer, ao ver ele em maltrapilho, pede aos empregados que tratassem da aparência dele e o vestissem com o melhor traje, pois aquela aparência não era condizente a um filho dele: “Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés. Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a festejar”. O outro filho ao saber da chegada do irmão e que estavam fazendo uma festa para ele, recusa-se a participar da celebração, movido pelo ciúme, rancor e falta de compaixão. O filho mais velho comporta-se não como filho e sim como um empregado que quer ter o seu trabalho reconhecido e não se refere ao seu pai como tal, pois em nenhum momento chama-o respeitosamente de pai. E o pai, com sua sabedoria peculiar, o faz pensar que era necessário comemorar, pois aquele filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado. P.S. A obra que ilustra este texto é de autoria de Rembrandt e está exposta no museu Hermitage em São Petersburgo.
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